O mercado imobiliário português tem sido, nos últimos anos, um dos mais dinâmicos e atrativos da Europa. No entanto, dados recentes revelam uma mudança significativa: a oferta de casas para venda em Portugal caiu 15,7 % na primavera de 2025, face ao mesmo período do ano anterior, segundo o Idealista. Esta redução no stock está a fazer-se sentir em praticamente todo o país, sobretudo em Lisboa (-18,1 %) e no Porto (-0,9 %).
A escassez de imóveis disponíveis está a moldar a forma como compradores e vendedores devem agir no mercado — e nem tudo são más notícias!
Neste artigo, analisamos os impactos e oportunidades desta realidade, tanto para quem pretende comprar como para quem quer vender, e apresentamos outros temas relevantes para compreender melhor o cenário atual.

Para quem quer vender: é o momento ideal?
A resposta é simples: sim. Se tem um imóvel e está a ponderar vendê-lo, este é um dos momentos mais favoráveis dos últimos anos.
Vantagens para o vendedor:
- Maior poder negocial: Com menos concorrência, os vendedores conseguem negociar preços mais próximos do valor pedido — ou até superiores — especialmente em zonas com elevada procura. Em média, o preço por metro quadrado em Portugal atingiu 1 951 € no primeiro trimestre de 2025 (ECO).
- Venda mais rápida: Imóveis bem localizados e com boa apresentação estão a vender-se com maior rapidez, muitas vezes com várias propostas em simultâneo.
- Investidores à procura de oportunidades: A procura por parte de investidores nacionais e estrangeiros permanece elevada, sobretudo em zonas urbanas e turísticas.
Considerações para o vendedor:
- Preço justo: Embora o mercado seja favorável, definir um preço irrealista pode afastar potenciais compradores. É fundamental fazer uma avaliação profissional, baseada em dados de mercado atualizados.
- Preparação do imóvel: Um imóvel bem apresentado — com pequenas reparações e melhorias estéticas — atrai mais interessados e pode justificar um preço mais elevado.
- Marketing eficaz: Apostar em boas fotografias, descrições apelativas e numa divulgação estratégica (online e offline) é essencial para alcançar mais potenciais compradores.
- Apoio profissional: Trabalhar com um agente imobiliário experiente pode fazer toda a diferença. Este profissional ajudará a definir o preço adequado, promover o imóvel, gerir propostas e tratar de toda a burocracia, garantindo uma venda eficiente e sem complicações (conte comigo!
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- Documentação organizada: Ter toda a documentação do imóvel atualizada — como o certificado energético, a caderneta predial, a licença de utilização, entre outros — agiliza o processo de venda e evita atrasos desnecessários.

Para quem quer comprar: o que deve saber?
Apesar da subida de preços e da concorrência, há boas oportunidades para quem está à procura de casa — sobretudo se for o primeiro imóvel ou se o comprador for jovem.
Oportunidades para o comprador:
- Apoios do Estado: Jovens até aos 35 anos têm isenção de IMT e podem aceder à Garantia Pública para entrada, facilitando a compra da primeira habitação.
- Crédito mais acessível: As taxas de juro têm vindo a descer em 2025, tornando o crédito à habitação mais vantajoso e previsível.
- Possibilidade de valorização: Comprar num contexto de subida de preços pode ser uma excelente forma de valorizar o património a médio e longo prazo.
Estratégias úteis:
- Pré-aprovação bancária: Obtenha a aprovação do crédito antes de iniciar visitas — isso permite agir rapidamente quando encontrar o imóvel ideal.
- Considere zonas emergentes: Áreas periféricas com bons acessos e potencial de valorização representam boas oportunidades de compra.
- Conte com um consultor imobiliário: Um profissional com conhecimento do mercado local pode alertar para boas oportunidades, antecipar lançamentos e orientar todo o processo de negociação e compra. E se chegou até aqui, já está no lugar certo para começar!
Tendências e oportunidades a ter em conta:
Reabilitação urbana: solução para compradores e investidores
A escassez de construção nova está a abrir caminho à reabilitação de imóveis antigos, muitas vezes localizados em zonas centrais. Esta opção pode permitir comprar por um valor mais acessível, investir na remodelação e beneficiar de incentivos fiscais, como a redução do IVA para obras em centros históricos.
Sustentabilidade em destaque
Os imóveis com boas classificações energéticas, painéis solares e isolamento eficiente estão a ser cada vez mais valorizados. Para os vendedores, investir em eficiência energética pode aumentar substancialmente o valor da casa.
Digitalização do setor
A tecnologia está a facilitar o processo para ambas as partes: é possível visitar casas virtualmente, fazer propostas online e aceder à documentação de forma mais rápida. Isto reduz o tempo do processo e melhora a experiência de compra e venda.

Conclusão: um mercado exigente, mas cheio de oportunidades
A queda da oferta de imóveis à venda é uma realidade, mas não representa um bloqueio. Pelo contrário, traz consigo oportunidades concretas para quem souber agir com informação, estratégia e apoio profissional.
- Para vendedores, é o momento ideal para colocar o imóvel no mercado e obter excelentes condições.
- Para compradores, o segredo está em estar bem informado e aproveitar os apoios disponíveis e as condições de financiamento favoráveis.
O mercado imobiliário continua a ser um dos pilares mais sólidos da economia portuguesa. Apesar dos desafios, existem inúmeras formas de tomar boas decisões, construir património e alcançar os seus objetivos.
Não deixe para amanhã o que pode conquistar hoje. O mercado está a mover-se rápido — e as melhores oportunidades não esperam.
Fale já com a Vita, evite erros e dê o primeiro passo rumo à sua nova casa ou ao melhor negócio da sua vida!