O mercado imobiliário português tem assistido a um crescimento acelerado nos últimos anos. Com os preços em alta, grande procura e pouca oferta — especialmente nas zonas mais valorizadas — o setor tornou-se terreno fértil não só para investidores, mas também para burlões.
Neste artigo, alerto para os principais tipos de fraude no ramo imobiliário em Portugal e explico como se pode proteger.
Boa leitura!

Por que estão a aumentar as burlas no mercado imobiliário?
Existem vários factores que explicam o crescimento destas práticas ilícitas:
- Preços cada vez mais elevados dos imóveis, o que torna cada transacção mais apetecível para criminosos.
- Burocracia e dificuldade no acesso à habitação, que levam muitas pessoas a agir com pressa e sem as devidas precauções.
- Crescente digitalização dos processos, com anúncios online e comunicação remota — facilitando a manipulação e o engano.
Tipos mais comuns de burlas imobiliárias
- Imóveis que não existem ou já estão vendidos/alugados
Criminosos publicam anúncios com preços abaixo do mercado para atrair vítimas rapidamente. Estas acabam por enviar depósitos ou sinalizações sem nunca verem o imóvel. - Agentes ou intermediários falsos
Pessoas que se fazem passar por profissionais do setor, sem qualquer credenciação, apresentam imóveis, recolhem documentação e valores — e depois desaparecem. - Falsificação de documentos ou escrituras
Documentos são manipulados para vender imóveis que não pertencem aos burlões ou até para hipotecar casas de terceiros. - Promessas de crédito fácil
Fraudes associadas à “facilitação” do acesso a crédito à habitação, mediante pagamentos antecipados para alegadamente “desbloquear processos”.
Casos reais que chocaram Portugal
Infelizmente, as fraudes no setor imobiliário não são casos isolados. São sinais de um problema crescente que afecta famílias, investidores e a confiança no mercado.
Um dos casos mais mediáticos ocorreu no Algarve, onde uma rede organizada enganou dezenas de investidores com promessas de imóveis de luxo que, na realidade, nunca existiram.
Segundo o Idealista, o esquema envolvia contratos falsificados e documentação forjada, com prejuízos estimados em cerca de 40 milhões de euros. Muitas das vítimas eram estrangeiras, atraídas por promessas de rentabilidade rápida e segurança ilusória.
Outro exemplo é o de uma agente imobiliária condenada a sete anos de prisão por burlas no valor de 63 mil euros, em Lisboa. Com acesso a imóveis reais e contactos no setor, manipulava negociações e documentos para benefício próprio.
Estes exemplos mostram que as fraudes podem surgir tanto de esquemas organizados como de abusos de confiança individuais. A informação e a prevenção continuam a ser as melhores defesas.

Como identificar uma possível burla?
Fique atento a estes sinais de alerta:
• Preço muito abaixo do valor de mercado
• Pressa incomum para fechar negócio
• Pedido de dinheiro adiantado sem contrato formal
• Recusa em apresentar documentação legal do imóvel
• Falta de morada física ou contactos verificados da agência
• Profissionais que não constam da licença AMI (emitida pelo IMPIC – Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção).
O que fazer se suspeitar de uma burla?
- Não avance com pagamentos
- Guarde toda a documentação, mensagens e contactos.
- Denuncie o caso à Polícia Judiciária ou à PSP
- Contacte um advogado ou entidade de defesa do consumidor.
E se já tiver sido vítima?
- Apresente
queixa-crime o mais rapidamente possível. - Reúna todas as provas: recibos, emails, mensagens, IBANs, contratos.
- Contacte o banco e tente bloquear transferências, se ainda for viável.
- Procure apoio jurídico junto de uma entidade especializada.
Como prevenir burlas no setor imobiliário?
- Verifique
sempre a licença AMI da agência ou agente (no site do IMPIC). - Pesquise o nome da imobiliária em fóruns e sites de avaliação.
- Nunca entregue dinheiro sem um contrato devidamente assinado.
- Solicite visitas presenciais ao imóvel.
- Peça cópias da documentação legal do imóvel.
- Desconfie de oportunidades “imperdíveis” com pouca informação ou urgência
excessiva.
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Aqui não há espaço para burlas!
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